quinta-feira, 22 de novembro de 2007

RELATO COMENTADO 2



ITALO CALVINO

"SE UM VIAJANTE NUMA NOITE DE INVERNO"

Escritor italiano (15/10/1923-19/9/1985). Conhecido pela narrativa fantástica e simbólica dos contos reunidos em Nossos Antepassados, dos anos 50. Nasce na cidade de Santiago de Las Vegas, em Cuba, em uma família italiana e se muda em seguida com ela para San Remo, na Itália. Durante a II Guerra Mundial abandona os estudos para lutar na resistência contra a ditadura fascista de Benito Mussolini e as tropas nazistas alemãs.

Após a guerra vive em Turim, onde conclui o curso de literatura e trabalha para o jornal do Partido Comunista. Com base na experiência da guerrilha, escreve O caminho para os Ninhos de Aranha (1947), livro de tendência realista que o torna conhecido em toda Itália.
Experimenta em seguida, novos caminhos literários em Contos (1958), ao empregar uma narrativa de caráter simbólico e fantasioso. Ganha fama internacional nessa década com o mesmo estilo de narrativa de Nossos antepassados, obra de três volumes: O Visconde Partido ao Meio (1952). O Barão nas Árvores (1952) e O Cavaleiro Inexistente (1952).
Seu trabalho literário reúne estilos diversos, como a denúncia em O Dia de um Mesário Eleitoral ( 1962), a paródia existencial em As Cosmicômicas (1965) e o lirismo fantástico em As Cidades Invisíveis (a972), Morre em Siena.

RELATO COMENTADO


Segundo Italo Calvino no texto, Se um viajante numa noite de inverno, a leitura não segue modelo definido, ou seja, pode ser realizada de várias maneiras e nas mais inusitadas situações.
Coloca que a escolha de lugares, a posição, a luminosidade são fatores importantes no ato da leitura para que o leitor se sinta confortável e possa desfrutá-la. Mas fundamenta como essencial, a pré-disposição, a concentração e o prazer acima de tudo.
As pessoas, muitas vezes, concentram muitas expectativas em relação ao livro, deixando-se levar pela capa, pelo nome, ou pela busca de experiências extraordinárias, correndo o risco de não encontrar o esperado. Enfatiza que o leitor atento nunca deve desanimar e conceder a si mesmo o prazer de desfrutar leituras agradáveis ou desagradáveis, relacionando-as às experiências de sua vida pessoal ou profissional, o que o torna diferenciado.
Nesta perspectiva, coloca que a leitura prazerosa é aquela em que o leitor consegue que o texto lido se misture com sua vivência, é uma experiência compartilhada, tanto quem lê, quanto quem propiciou a leitura aos escrever, aprendem, crescem e compreendem a “história”.

Anabel e Vera

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