PODEMOS CONHECER O UNIVERSO?
UMA REFLEXÃO SOBRE
UM GRÃO DE SAL
CARL EDWARD SAGAN
Antes de comentarmos sobre o texto, procuramos conhecer um pouco mais do autor, assim como seu estilo, e nesta busca, ficamos fascinadas com sua paixão pelo tema “Universo”.
Carl Edward Sagan, foi cientista e astrônomo dos Estados Unidos da América, em 1960, obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago. Dedicou-se à pesquisa e à divulgação da astronomia, como também ao estudo da chamada exobiologia. Foi um excelente divulgador da ciência (considerado por muitos o maior divulgador da ciência que o mundo já conheceu).
Morreu aos 62 anos, de pneumonia, no centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea. A ciência perdeu um grande defensor, divulgador e incentivador dela na atualidade.
Vale a pena, citar um fragmento de uma de suas famosas obras “Cosmo”, o qual nos incita a assumir a responsabilidade que temos nós humanos em manter sã e salva a nossa Terra.
"Habitamos um universo onde os átomos são formados no centro das estrelas, onde a cada segundo nascem mil sóis, onde a vida é lançada pela luz solar e acesa nos ares e águas dos planetas jovens, onde a matéria-prima para a evolução biológica é algumas vezes obtida de uma explosão de uma estrela na outra metade da Via-Láctea, onde algo belo como uma galáxia é formada cem bilhões de vezes, um Cosmos de quasars e quarks, flocos de neve e pirilampos, onde pode haver buracos negros, outros universos e civilizações extraterrestres cujas radio mensagens estão até este momento atingindo a Terra. Muito pálidas, pela comparação, são as pretensões, superstições e pseudociências; como é importante para nós nos dedicarmos a entendermos a ciência, este esforço caracteristicamente humano".
Percebemos então que Carl Edward Sagan foi um cientista que influenciou a maneira de muitos seres humanos trazendo o universo às nossas mãos. No texto científico “Podemos Conhecer o Universo?”, o autor faz uma interessante analogia entre a composição química e física de um grão de sal e o universo.
Para o autor faz-se necessário compreendermos de que forma o mundo funciona e para isso, procura encontrar regularidades das coisas, dos acontecimentos. Ele coloca que na natureza nada funciona aleatoriamente, e que mesmo sem termos a compreensão de tudo, ainda assim está acontecendo certa regularidade entre elas.
Assim, nesse sentido, utiliza a capacidade de comparação entre o funcionamento de um grão de sal e o universo incognoscível, fazendo uma analogia com a regularidade das coisas, porém atenta aos cuidados para as explicações descabidas, baseadas apenas no senso comum.
Então, neste ir e vir, observando e buscando a compreensão das coisas, o autor nos incita a ir além de nossas limitações, sempre a procura de novas descobertas, e assim finalizamos este comentário, deixando outra citação do mesmo, para refletirmos um pouco mais sobre a humanidade. “O tamanho e a idade do Cosmos ultrapassa a comum compreensão humana. Perdida algures entre a imensidão e a eternidade fica a nossa minúscula casa planetária. Numa perspectiva cósmica, a maioria dos interesses humanos parece insignificante, até mesquinha. E todavia, a nossa espécie é jovem, curiosa e mostra-se promissora. Nos últimos milênios, fizemos as mais surpreendentes e inesperadas descobertas sobre o Cosmos e o lugar que ocupamos. Estas descobertas recordam-nos que os homens evoluíram para que o conhecimento é descobrir um prazer, que é uma condição indispensável à sobrevivência”
(Carl Sagan)
Anabel e Vera